Capítulo 14
Os aventureiros estavam recuperando os ânimos na
sala quando o outro grupo chegou. Acelerando sua busca de maneira quase que
negligente, haviam percorrido sua rota rapidamente e depois correram em auxílio
dos amigos o mais rápido que puderam, auxiliados por bêbados e transeuntes que
reportavam atividades estranhas naquela região da cidade. Ao se aproximarem do
casarão em busca dos amigos, ouviram a música de Luize que ajudava a preparar
todos para o próximo encontro. Já sabiam que eram esperados, então precisavam
se preparar da melhor maneira possível. Todos foram colocados a par da
situação.
- Vamos nos dividir. – Ordenou Angram.
- Não sei se isso seria uma boa ideia. – Questionou
Malaggar.
- As palavras sobre o acontecido estão se
espalhando, então enquanto alguns de nós descem para resgatar o conde, eu e
outro grupo ficaremos por aqui para interceptar quaisquer reforços que possam
aparecer. – Explicou o anão.
- Pois bem, se acha melhor...
Todos concordaram e se levantaram de uma única vez,
se separando em grupos dispostos para manter um bom equilíbrio num possível
combate. Alanna, Arannis, Elros, Luize, Magusar e Malaggar desceriam enquanto
Amgram, Arthur, Gwen, James e Shaisys ficariam de guarda na sala onde estavam.
Ambos grupos se despediram tensos enquanto se separavam em busca de terminar
com aquele problema. O primeiro grupo deixou a sala na direção do corredor, dando
de cara com a escadaria que levava para a escuridão do andar de baixo. Pegaram
uma das pequenas lamparinas desgastadas e seguiram com cautela.
...
Após as escadarias o grupo deu de cara com uma
porta. Do outro lado aqueles com ouvidos mais apurados conseguiam ouvir
sussurros, confirmando que outros inimigos estavam por lá. Sem perder tempo,
abriram a porta e procuraram invadir a sala de maneira eficiente e rápida,
queriam salvar o conde o quanto antes. Marshal Huges Hazel estava amarrado a
uma cadeira no fundo da sala, atrás de uma mesa. Guardando-o estava uma
meio-elfa vestindo um corselete enquanto carregava em suas mãos uma espada
longa e uma adaga.
Espalhados pela sala ainda estavam quatro homens
também vestindo couro e com clavas em punho, além de um gnomo com um gibão e
uma picareta de guerra. Completando o time de guardiões estavam dois meio-orcs,
um deles já com um arco longo pronto para disparar, vestindo couro e com um
machado de batalha pendurado na cintura. O outro meio-orc usava um cajado e
vestia um robe simples. Atentos ao grupo, todos iniciaram seu ataque para
rechaçar a invasão, seus rostos preocupados, mas determinados.
A batalha teve início, os humanos logo cercaram os
invasores próximos da porta, onde Arannis havia se colocado. Contando com o
auxílio de Alanna para passar pelo pequeno corredor que formaram, os outros
tentaram avançar. Elros correu em meio aos ataques sem hesitar, sendo atingido algumas
vezes, mas sem ficar seriamente machucado. Luize disparava da retaguarda e os
humanos logo tombaram, abrindo espaço para Malaggar e seu machado. O arqueiro
meio-orc disparava conforme o grupo invadia a sala, vendo Magusar abrir caminho
com seus poderes de teleporte.
O meio-orc mago disparava suas magias na tentativa
de impedir o grupo, mas sem sucesso. A líder do bando logo avançou também,
abusando de sua velocidade para estocar com a espada longa enquanto recuava
habilmente para disparar a adaga que carregava. O gnomo causava problemas,
ficando invisível e aproveitando para atacar pelas costas com sua picareta.
Conforme as trocas de golpes se seguiam, os bandidos iam ficando sem recursos
para tentar parar a ofensiva dos Silverhawks.
O arqueiro logo foi encurralado e forçado a lutar
com seu machado de batalha, provando-se bastante versátil. O pequeno da
picareta havia causado algum estrago, mas era pouco resistente e não demorou
muito a cair quando o grupo se focou nele. Já encurralados e sem chances de
vitória, a meio-elfa, Annara, se rendeu.
- Eu desisto! Eu desisto!
- E por que não deveríamos matá-la?
- Conhecimento. Eu sei coisas. – Ela sorriu
ironicamente.
- Quem mandou isso?
- O duque, é claro.
O bladesinger correu até o conde para o libertar de suas
amarras enquanto o drow revistava os perdedores. O patriarca dos Hazel
agradeceu ao grupo enquanto se recompunha. O vingador havia conseguido algumas
moedas e dividia entre o grupo enquanto o resto do grupo tratava de amarrar
seus prisioneiros. Luize sentara na mesa onde uma lamparina iluminava a sala e
começou a tocar para que todos pudessem se recuperar da batalha vencida.
- Vamos levar a líder deles para alguns
questionamentos. – Avisou o conde.
- Acha que pode ser útil?
- Sim. Eu ouvi algumas coisas sobre as ações dos Bodes
Negros enquanto estive aqui e tenho algumas suspeitas. – Terminou o nobre,
acostumado a dar ordens.
...
Estavam todos de volta à mansão dos Hazel. A maioria
dos membros do grupo havia ido para seus respectivos quartos afim de descansar,
conforme havia sugerido o conde. Alanna, contrariada por ser não ser convidada
por seu pai à reunião que acontecia em seu escritório, montava uma guarda
solitária na sala de estar, alabarda em punho enquanto observava a porta do
cômodo com uma expressão séria. Ela pretendia ficar ali até que pudesse
descobrir alguma coisa, mas estava cansada das batalhas e o sono chegou de uma
vez.
...
Depois do dia cansativo, Arannis precisava
descansar. Sentara-se de maneira confortável e fechara os olhos, preparando seu
corpo para entrar no estado de transe. Ele permanecia atento a tudo que
acontecia ao seu redor, mas sua mente vagava por diversos lugares de seu âmago,
como sempre fizera. Era um estado natural para ele e servia perfeitamente para
relaxar. Ele conseguia desligar suas preocupações e suas dores físicas, as
vezes sentia como se simplesmente deixasse este plano e fosse para um lugar
novo, vazio e agradável.
Então ele abriu os olhos. O barulho ao seu redor era
ensurdecedor, homens gritando todos os tipos de impropérios. Seu braço, largo,
musculoso e peludo, segurava seu escudo à frente, colado aos escudos de seus
parceiros de guerra, enquanto sua lança na mão direita procurava no vão da
defesa alguém a quem empalar. Ele podia sentir o hálito de bêbado do homem que
pressionava o próprio escudo contra o seu, enquanto ouvia seu comandante
repetir o grito: “Carga! Carga! Carga!”.
Logo sentiu sua lança perfurando algo. Alguém
conseguira abrir um buraco na defesa inimiga e sua lança entrou sem oposição,
encontrando anéis de metal. Com um passo decidido à frente e jogando todo o
peso no lado direito do corpo, sentiu a ponta da arma estourar cota, passar
pelo forro de couro e repousar fundo na carne de quem quer que fosse o infeliz
em seu caminho. Ele gritou o júbilo da batalha e, seguindo as ordens, deu mais
um passo à frente, empurrando seu opositor para trás. O suor escorre pela testa
e chega ao olho, fazendo fechá-lo para afastar a irritação.
Quando seu olho se abre novamente, ele nota seu
corpo frágil amarrado por cordas. Várias voltas em torno dos tornozelos,
cintura, mãos e pescoço. Conseguindo abaixar um pouco a cabeça, vê que suas
roupas estão levemente rasgadas, seu decote ampliado. Seus longos cabelos
louros se agitam com o vento, assim como sua túnica amarela. O calor começa a
tomar conta, ao seu lado nota outras pessoas amarradas, lenha e feno abaixo da
pilastra onde cada um estava preso.
Um homem de cota e vestes vermelhas passava por cada
uma das pilastras de madeira, gritando para uma multidão alvoroçada que a
verdade era apenas uma e só as chamas poderiam salvar aquelas almas perdidas.
Uma sacerdotisa vermelha se aproxima com uma tocha em punho. Ela olha para a
fileira de prisioneiros e escolhe um gnomo de vestes brancas. Sem hesitar por
um instante, ela faz com que o fogo da tocha beije o feno, espalhando-se pela
pilastra e pelo pequeno sacerdote, que gritava de dor pedindo por clemência
enquanto as chamas o consumiam. Tremendo de medo, sente os olhos lacrimejando com
o calor excessivo. Seus olhos piscam novamente.
O vento está forte e as ondas se chocam com
violência no casco do navio. Não poderia ter sinal mais sinistro. Seus braços
estão à frente, impulsionando seu corpo pelo encordoamento que leva até o topo
do mastro. Suas tatuagens são tantas e tem tantos significados diferentes,
estão por toda a extensão de ambos os braços. Faria uma nova se conseguisse
sobreviver à tempestade que parece se aproximar. Ele finalmente chega ao cesto
da gávea, seus movimentos ágeis e acostumados ao trajeto o colocam lá em poucos
instantes.
Com sua luneta ele pode observar ao longe. As nuvens
estão carregadas e a tempestade que se aproxima é forte. Ele busca, sem
sucesso, encontrar a costa. Haviam navegado para longe dela, muito mais do que
gostava. Mas não era o capitão, tinha que acatar as ordens. A força dos ventos
aumenta e os primeiros pingos de chuva se chocam com sua pele bronzeada. O mar
fica cada vez mais agitado, a água começa a se alojar no convés conforme o
mastro balança com o movimento do ar. Ele olha apreensivo para o convés antes
de ajeitar o corpo para voltar escalando pelo encordoamento, que balançava
violentamente. Seria uma descida perigosa. Uma gota de chuva bate em seu olho,
fechando-o por uma fração se segundo.
Quando abre os olhos novamente, o eladrin está em
seu quarto na mansão Hazel. Um pouco desnorteado, olha em volta à procura do
mastro e das velas que tomaram seus pensamentos até pouco tempo atrás.
Frustrado com a falta de sentido daquilo, ele olha mais uma vez à sua volta.
Suas espadas estavam descansando onde deixara, assim como sua mochila. O quarto
estava escuro, mal podia ver a pequena claridade que as lamparinas faziam no
corredor da mansão. Sentindo que ainda precisava relaxar mais, ele volta à posição
anterior e procura se desvencilhar do mundo mais uma vez, relaxando em seu
transe habitual.
...
Acontecia novamente. Gwen acordara no meio da noite
suando frio, com um sentimento de urgência inexplicável, o coração batendo em
desespero. A língua antiga. A música ainda ressoava em sua mente, fresca, como
sempre. Novamente não conseguia entender seu significado, mas sabia que estava
diante de um novo enigma profético. Havia desistido de pensar nas músicas
anteriores e agora outra havia chegado.
Walking
through the fields of gold
In
the distance, bombs can fall
Boy
we're running free
Facing
light in the flow
And
in the cherry trees
We're
hiding from the world
But
the golden age is over
Boy,
we're dancing through the snow
Waters freeze, the wind blows
Did
you ever feel
We're
falling as we grow
No
I would not believe
The
light could ever go
But
the golden age is over
Listen,
I can hear the call
As
I'm walking through the door
Did
you ever dream
We'd
miss the mornings in the sun?
The
playgrounds in the streets
The
bliss of slumberland
And
we are family
No
matter what they say
But
boys are meant to flee
And
run away one day
The
golden age is over
Oh
the golden age is over
But
the golden age is over
The
golden age is over
...
Malaggar havia se levantado antes dos outros, como
de costume. Ele chegou até a sala de estar e sentou-se num dos sofás sem se
incomodar com a presença da companheira que pegara no sono enquanto fazia
guarda. Não havia sinal do conde, nem de seus aliados mais próximos. Também não
via sinal da líder do bando que sequestrara o nobre. Ficava imaginando o que
teria acontecido enquanto esperava o tempo passar.
...
Quando o movimento habitual tomou conta da casa, os
aventureiros começaram a deixar seus quartos e andar pela casa, quase sempre
terminando na cozinha para tomar seu café da manhã. Alanna havia despertado
assustada com a presença do drow, mas fora para o quarto cuidar da aparência.
Elros, Arannis, Malaggar, Magusar e Amgram conversavam na cozinha quando o
conde passou por lá, aparentando cansaço.
- Bom dia a todos.
- Bom dia.
- Conseguimos informações importantes. Precisamos
acabar com os Bodes Negros de uma vez para que não façam mais nada contra nós
ou a Assembleia.
- Certo. – Concordou Amgram.
- Descansem. Hoje, depois do jantar, nos falaremos.
Até lá terei tudo arquitetado para que possamos agir e acabar com essa ameaça
de uma vez. Por enquanto tenho muito a fazer. – Se despediu o conde.
...
Depois de avisar Alanna do comunicado de seu pai, o
bladesinger foi até o templo de Fleara que visitaram no dia anterior. Lá
aproveitou para conversar com um dos sacerdotes mais experientes para conhecer
melhor a religião e falar dos erros que tem cometido, tanto quanto de sua
apreciação pela religião. Mais informado e sentindo-se leve, ele logo voltou à
casa para que pudesse descansar. Sabia que a noite traria grandes desafios.
...
Malaggar aproveitara o tempo livre para ir até o
centro de correspondência de sua ordem. Era uma biblioteca. Lá ele teve acesso
a uma sala escondida e pode relatar com todos os detalhes possíveis o que vinha
presenciando em Tomhills. Acreditava que toda aquela tensão política que
presenciava poderia ser útil para seus superiores eventualmente. Ansioso por
uma nova recompensa como as últimas que tivera, ele se esforçava ao máximo para
agradar os sacerdotes negros.
...
O momento da reunião havia chegado e o grupo se
acomodava no escritório do conde Hazel, onde ele começava a oratória sobre como
deveriam acabar com a ameaça que os Bodes Negros representavam naquele momento.
Alguns guardas haviam acompanhado até o encontro e faziam o possível para serem
invisíveis ao grupo. Conde Marshal explicou que haviam conseguido várias
informações sobre o esconderijo e detalhou a forma de agir da organização
criminosa, que vinha atuando com células meio que independentes. Ele revelou
onde ficava o esconderijo de seus alvos, numa seção abandonada dos esgotos da
cidade, acessível apenas pelo lado de fora da mesma.
Os aventureiros combinaram mais uma vez de se
separar. O mesmo grupo que lutara contra Annara e seus comandados iria até o
esconderijo enquanto o restante ficaria na mansão para proteger a família de
Alanna. O anão disse que caso a segurança fosse melhorada ele enviaria, se não
todo o grupo, ao menos alguns dos membros para o encontro dos invasores.
Queriam garantir que tivessem força suficiente para dar cabo da missão, mas um
grupo grande demais poderia estragar a tentativa de surpresa.
...
Depois de um bom tempo de caminhada e outros tantos
minutos procurando pelo alçapão que levava aos esgotos, finalmente avistaram
seu destino. Cautelosos, desceram até o túnel abandonado. Ele estava totalmente
escuro naquela parte e seu cheiro beirava o insuportável. Arannis usou um de
seus bastões solares para iluminar o ambiente. Seguiam por um corredor fedorento
por onde escorria um filete de água suja. Foram vários minutos de caminhada até
poderem ouvir a barulheira que os bandidos faziam adiante.
Estavam próximos a uma curva que entregava a
iluminação do trecho a seguir tanto quanto os gritos e batidas em madeira.
Abandonando o bastão solar na água, os aventureiros se esgueiraram até a
abertura que se dava logo após a curva. Próximos à entrada para o corredor, um
grupo de bandidos estava jogando dados numa mesa distraidamente, gritando
apostas e desafios como se não esperassem qualquer tipo de eventualidade.
Talvez a nova forma de ação da gangue realmente isolasse suas células.
Pegando os bandidos de surpresa, os Silverhawks
atacaram sem parcimônia. Quatro humanos simplórios, dois meio-orcs caçadores e
dois gnomos foram pegos de surpresa, primeiramente por Malaggar, que avançou já
lançando sua nuvem de escuridão entre eles, confundindo-os enquanto seu machado
descia implacável, cortando fundo no torso de um dos humanos, morto naquele
golpe. Arannis logo se adiantou, lançando mão de uma de suas magias,
enfeitiçando a maioria dos oponentes, que se distraíam e perdiam o poder de
reação.
Magusar, Elros e Alanna avançaram rapidamente para
aumentar o número de casualidades do lado adversário, enquanto Luize disparava
da entrada da abertura, segura atrás dos aliados. Os adversários tiveram pouco
poder de reação, tentando sem sucesso conter o avanço inicial dos aventureiros.
O bladesinger golpeava com sua espada enquanto lançava suas magias com a mão
livre, ora derrubando seu alvo, ora queimando-os. O drow se focava num dos
inimigos e o isolava do combate, golpeando-o sem misericórdia.
O lâmina arcana aproveitava-se de seus golpes com teleporte
para se mover pelo pequeno salão cortando a seu bel prazer, manchando sua
espada longa com sangue inimigo. Alanna e Elros fizeram uma bela dupla,
avançando lado a lado, sem dar chances para quem ficasse em seu caminho.
Alabarda e martelo golpeando de maneira incessante enquanto a energia psiônica
auxiliava das mais variadas formas. A barda não ficava muito atrás,
aproveitando a posição estratégica para fazer disparos pontuais, eliminando os
inimigos pouco a pouco.
As picaretas dos gnomos, arcos e machados dos
meio-orcs e clavas dos humanos não foram suficientes para conter o avanço dos
aventureiros, que depois de pressionar os bandidos acabaram por derrota-los sem
grandes danos. Então pararam para revistar os derrotados e a mesa onde jogavam,
sem encontrar nada que valesse seu tempo. A barda novamente dedilhou seu
alaúde, sua canção revigorando o ânimo dos aliados enquanto se preparavam para
seguir pelo túnel abandonado.
Logo notaram a chegada de Amgram com Arthur e
Shaisys. O anão logo explicou que aliados do conde haviam chegado em sua
defesa, cortesia do conde Taylor. Ele se inteirou da situação e pediu para
Magusar que o acompanhasse. O grupo seguiria pelos túneis enquanto o anão e o
eladrin iriam avaliar sua estrutura, procurando por entradas secretas e
qualquer outra coisa que pudesse ficar oculta. Aquilo levaria algum tempo e era
bem fortuito que o conde tivesse recebido uma escolta extra para liberá-los até
os túneis.
Depois de muito tempo fui bem nos dados.
ResponderExcluirJa pensou se por causa da falta de alguns do a familia da Alanna morresse? Acho que ela iria ficar merda da vida hein.
Mais o grupo em geral foi bem nessa missão, nenhuma baixa e mais um grau pra Guilda. Claro isso se ela ainda existir!
Puta q bosta, apagou a porra do meu comentário...
ResponderExcluirO Rick esqueceu o café da manhã q o Arannis mandou pra Alanna...kkkk ainda bem, assim não fica pra história