A Foice
Teresa Hymynhäive é uma existência acima da
normalidade. Ela era a única filha conhecida de alguma divindade. Não que
filhos de divindades com mortais sejam algo incomum, mas estes costumam manter
tais filhos ocultos do mundo com a intenção de poupá-los da atenção de seus desafetos.
A Foice é uma exceção. Ela foi assumida desde seu nascimento (937 ᛗ) e preparada para lidar com todo tipo de
adversidade. A busca pela perfeição do corpo, glória e a supremacia na técnica
do combate são pontos fortes do culto de seu pai e desde garota ela se tornou a
personificação destes valores. Seu estilo de combate era único e ela jamais
perdeu um combate justo, alimentando o orgulho de Thoriann.
O apelido veio devido ao seu instrumento de vida –
ou morte, dependendo do ponto de vista. Muitos acreditam que a foice foi um
simbolismo escolhido por ela para expressar a junção perfeita do divino com o
mortal, já que ela é mais conhecida como uma ferramenta da plebe que como arma.
Usando a versão maior e mais longa da lâmina, também chamada de segadeira, ela
trazia terror aos inimigos e era implacável em seus duelos. Sua maestria no
manejo da foice era alvo de inveja de todo guerreiro e muitos que tentaram
vencê-la pelo renome conseguiram encontrar no máximo uma morte rápida.
Logo que completou seus dezesseis anos se tornou uma
figura da segunda Guerra Sagrada. Tomou a dianteira do exército de seu pai e
lutou bravamente contra cada líder inimigo, saindo triunfante em todas as
lutas. Teresa ceifou vidas como ninguém, se tornando para bardos e trovadores a
verdadeira encarnação da morte. Seus feitos eram enaltecidos por cada fiel de
seu pai e ela se tornou um exemplo para toda a religião, sendo a não-divindade
mais adorada de toda a história, tanto por sua habilidade como por sua beleza.
Sua foice, Schneidwerk,
também foi fonte de caçadas e lendas. Sua lâmina era dourada e brilhava com
correntes elétricas dançando à sua volta, aumentando ainda mais seu poder de
corte. Acreditava-se que ela era capaz de refletir os pensamentos de suas
vítimas através de sua lâmina, aterrorizando seus inimigos antes de levar suas
cabeças. Seu cabo, também de ouro, era cravejado de joias azuis, dando um ar de
realeza e poder. Ninguém nunca conseguiu confirmar, mas acredita-se que era um
artefato de grande poder que já havia tentado muitos donos, levando-os à
loucura ou à própria morte, pelo menos até encontrar a Princesa das
Tempestades. Teresa havia conseguido domar seu espírito sanguinário e dobrava a
vontade do artefato à sua.
Teresa tinha longos cabelos louros, que ganhavam um
tom de azul mais próximo das pontas, puxando a cor do pai. Seus olhos eram de
um azul profundo e hipnotizante. Seu corpo, treinado exaustivamente, era
atlético e gracioso, completamente livre de movimentos desnecessários. Ela não se
escondia em armaduras de metal, sempre usando tecidos em tons de azul para
cobrir o belo corpo. Outra coisa que chamava sua atenção era seu lindo sorriso.
E o mais perturbador para seus adversários era o fato de que ela sempre lutava
sorrindo, como uma criança que corre no meio dos amigos ou uma jovem que recebe
um presente do amado, se divertindo a cada troca de golpes, olhos brilhando
pelo simples prazer de duelar.
Sendo uma meio-elfa, com suas orelhas de pontas
suaves, ela tinha os traços belos da raça original do pai, o que aguçava ainda
mais seu ar de garota exótica. Apesar de ter nascido de uma mortal, sua vida
era longínqua e sua juventude parecia eterna. Só guerreando pelo pai ela passou
mais de quarenta e cinco anos, sempre com o mesmo rosto jovem e angelical.
Depois da prisão do pai não se sabe o que aconteceu com ela, provavelmente
tendo sido presa junto dele. Hoje quase ninguém se lembra dela, mas sua marca
na história jamais será apagada. A marca da Foice, que ceifou mais vidas que
qualquer outra pessoa, sempre com beleza e graciosidade.
A Foice
Autor
Desconhecido
“Na noite das noites, ela está vindo pelo meu
caminho
Debaixo desta chuva, repleta de agonia e dor
Dama da destruição, vencedora de todas as lutas
Meu olhar está refletido na lâmina d'A Foice”
Uma foice dourada reluzente
Ceifa almas assoviando no ar
Avermelhando pouco a pouco
Os oceanos da vida e dos lares mortais
Uma queda no abismo
Fundo na agonia e dor
Uma espiral para a angústia
Foi tudo em vão
Bem-vindo, por favor entre na justa dos fracassos
Adentre o corredor dos prazeres
O direto ao ato de matar
Não seria um dos desejos de deuses?
Deixe para trás as trilhas dos invernos
A hora da minha partida chegou
O medo se foi, a tempestade acabou
E há alguém na sua porta
Outro nome para ser esculpido
Com cada golpe de minha lâmina
Até o dia em que você descobre
Que o que está refletido é seu rosto
Venha, prove sangue, metal e terror
Venha para o espetáculo sem remorsos
É sua hora!
Mãe do desespero
Morte de trovão e chuva
Os suspiros e lágrimas são todos em vão
Vestida em um manto de desespero
Ela levará você
Bem-vindo, por favor entre na justa dos fracassos
Adentre o corredor dos prazeres
O direto ao ato de matar
Não seria um dos desejos de deuses?
Deixe para trás as trilhas dos invernos
A hora da minha partida chegou
O medo se foi, a tempestade acabou
E há alguém na sua porta
Mantenha-se firme e proteja as costas
Mirando na chance de ser o último sobrevivente
Eu só quero nesta noite um pequeno conselho
Para que desta vez a foice não caia, paralise!
- “Lendas de Heróis e Vilões”, Sarah
Strahovski
Música: “The Scythe”
Álbum: "The Scythe", Elvenking (2007)
Compositor: Aydan (Federico Baston)
Não detenho direito nenhum sobre a música.
Teresa me lembra o anime Claymore.
ResponderExcluirUma gladiadora nata, com sua foice overpower..... quero histórias assim pro meu personagem.