quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Ato II: A Assembleia II

Capítulo 10

Finalmente o almoço chegava, nas mãos do taverneiro gordo e curioso, que nos últimos dois dias inquiria o trio sobre várias coisas. Os pratos foram colocados na mesa sem que mais nenhuma palavra fosse dita e todos esperaram o homem se afastar para começar a comer. Elros estava ficando impaciente, não gostava do lugar. Ainda não conhecia tão bem seus companheiros na missão atual. A barda humana, Luize, parecia mal-humorada por estar nesse fim de mundo. O outro companheiro, Magusar, um eladrin lâmina arcana, ainda era uma incógnita.
- Acho melhor ficarmos por aqui, é o lugar mais proeminente do vilarejo. – Sugeriu o meio-elfo depois de terminar sua refeição.
- Certo. – Respondeu secamente o lâmina arcana enquanto a barda apenas sinalizava positivamente com a cabeça.
Estavam num vilarejo que ficava bem no extremo leste da floresta que cercava Scottner. Com a reconstrução da cidade, alguns vilarejos foram surgindo nas proximidades. Este, em especial, era um agrupamento de lenhadores. Eles trabalhavam duro para fornecer a madeira necessária para as obras na cidade e sonhavam com a oportunidade de se mudarem para lá dentro de algum tempo. O grupo acreditava que viviam ali cerca de dez famílias e a maior construção era a taverna onde estavam.
Apesar do destaque no vilarejo, era uma taverna bem pobre. Havia apenas o taverneiro para atender aos clientes, que costumavam aparecer só durante a noite, e sua esposa para fazer a comida que era vendida. O taverneiro gordo ficava atrás de um balcão de madeira e vinha abrindo a taverna no horário de almoço apenas a pedido do trio de aventureiros. Ele reclamava que deveria estar preparando sua cerveja, mas continuava ali até que saíssem. O ambiente era no mínimo muito entediante, pensava Elros enquanto viam Luize afinando seu alaúde.

...

Depois do encontro com os gnolls o grupo seguira viagem por mais alguns dias até se aproximarem dos limites da floresta, quando pararam ao comando de Amgram. Estavam caminhando havia pouco tempo desde que pararam para almoçar e todos estranharam. O anão logo se adiantou para explicar.
- Vamos parar aqui. Tenho algo para resolver e vocês vão me esperar aqui. Tem um vilarejo que fica a algumas horas de caminhada, ao sul, no limite de cobertura do perímetro que a guilda defende. Vou para lá sozinho, para evitar chamar muita atenção.
Sem delongas, o anão pegou suas coisas e logo sumiu entre as árvores e arbustos. O restante do grupo aproveitou para se aconchegar na pequena clareira, pensando em como passar o tempo até que ele voltasse. Arannis continuou com sua investida em Alanna, ainda sem sucesso. Os outros apenas observavam e se divertiam com a situação.

...

Luize tocava uma melodia agradável em seu alaúde enquanto os dois companheiros permaneciam próximos, à espera de que algo acontecesse. Magusar parecia hipnotizado pelo espetáculo, seus olhos atraídos para a beleza da barda, que parecia não notar o quanto impressionava o eladrin. Elros continuava entediado, mas via na música um alento. Então ouviram pisadas fortes do lado de fora da taverna e seu rosto se iluminou na esperança de que finalmente tivesse chegado a hora de partir.
- Boa tarde! – Uma voz alta ecoou depois que a porta foi aberta de sopetão. Adentrando a taverna vinha Amgram, animado.
- Amgram! – Olhou com alívio o meio-elfo.
Ambos se cumprimentaram de maneira fervorosa, apertando as mãos com firmeza. A barda havia parado de tocar para ver a cena e já começava a se levantar enquanto aconchegava seu querido alaúde em meio aos seus pertences. Magusar também se levantara e ficava olhando para a cena, visivelmente animado pela perspectiva de deixar aquele lugar monótono.
- Estão prontos para partir? – O anão questionou passando por todos na direção do balcão.
- Totalmente. – Respondeu sucinto o lâmina arcana.
- Só me deem um tempinho. – Piscou o anão enquanto tirava seus pequenos barris e os depositava em cima do balcão.
O trio caminhou para fora da taverna se espreguiçando e ajeitando as mochilas. Era visível no rosto dos três que essa viagem os faria bem. Depois de uma rápida missão de reconhecimento nos postos espalhados pela floresta, haviam recebido a instrução para esperar ali pelo anão que teriam que escoltar até Tomhills ao lado do grupo mesa 6. Não demorou até que o anão retornasse, os barris ainda pingando um pouco de cerveja.
- Agora sim podemos ir! – Bradou Amgram.

...

A tarde já ia chegando ao seu final, o sol se escondendo, quando o grupo percebeu que Amgram retornava com Elros e dois novos companheiros. O primeiro era Magusar, um eladrin de longos cabelos lisos brancos e olhos azuis. Vestia um corselete simples e carregava uma espada longa, além da mochila. Sua expressão serena passava por todos os membros do grupo, se demorando um pouco mais na beleza incomum de Alanna.
A segunda novidade era Luize. A bela barda tinha longos cabelos louros e olhos azuis. Vestia uma cota de malha por baixo de suas roupas de cores vivas, misturando tons de laranja e amarelo, com alguns detalhes da vestimenta levando a cor da guilda, prata. Carregava um arco grande na mão e nas costas duas aljavas de flechas, presas por um cinturão de couro transversal que formava um Y no peito, prendendo também seu alaúde. Um outro cinto prendia uma cimitarra do lado esquerdo do quadril e ao seu lado direito, outra aljava com flechas.
Cumprimentos foram trocados e todos trataram de se aproximar da maneira mais amigável possível. A comitiva resolveu passar a noite um pouco adiante, num espaço um pouco maior. Luize usou um de seus rituais para invocar espíritos que ao som de seu alaúde foram montando um acampamento bastante digno para que todos usufruíssem. Logo tinham comida quente e sacos de dormir desenrolados. Todos aproveitaram muito bem a facilidade do ritual.

...

Depois que todos acordaram na manhã seguinte a marcha se iniciou. Estariam deixando a floresta e entrando na planície, onde poderiam ver e ser avistados ao longe. Arannis logo tratou de tentar enturmar os novatos com o resto do grupo, fazendo perguntas pessoais e comentários divertidos sobre a história do grupo. A viagem seguia com um clima leve e tranquilo. Luize tocava em quase todas as pausas e sua música servia muito bem para aliviar o cansaço e encher o grupo de otimismo.

...

A viagem já durava quase três semanas quando avistaram as colinas que cercam Tomhills. Era uma paisagem muito diferente e impressionava qualquer um que não estava familiarizado com a cidade. Na pausa para o almoço todos estavam sentados num círculo sob a sombra de uma das árvores esparsas da paisagem, quando o assunto da missão veio à tona.
- Estamos chegando. – Comentou Amgram casualmente.
- Infelizmente. – Respondeu Alanna, enquanto Elros sinalizava em concordância.
- Não quer voltar para casa? – Riu o anão.
- Como? – Se surpreendeu a psiônica.
- Ah, você entrou na guilda. Acha que a gente não sabe nada sobre quem a gente contrata? Nós sabemos que você é da nobreza de Tomhills. – Continuou a rir o anão, coçando a barba.
- Claro. – Murmurou a meio-elfa, enquanto todos olhavam para ela, alguns espantados.
- Eu também não gosto de lá. Espero terminar tudo o mais rápido possível.
- Ainda bem. – Suspirou o meio-elfo.
- Vamos ter que lidar com nobres. – O anão falou com um tom de nojo. – Eu não gosto deles, são muito diferentes daqueles de Markham ou Travisen. Agem de maneira superior, não se misturam e tem um monte de costumes bestas. – Sua fala deixou todos pensativos.
- Exceto pela parte da escolta, não sabemos muito da missão. – O sempre quieto Magusar surpreendeu ao quebrar o silêncio.
- Eu fui convocado para depor na Assembleia de Tomhills. Estão tentando tirar o atual duque do poder. Eu estive na batalha nas colinas há três anos, quando nossa guilda perdeu uma disputa. Dois nobres disputavam a mão da filha do duque e ele exigiu que eles reunissem exércitos e lutassem entre si.
- Tudo isso porque nenhum dos dois foi homem suficiente para lutar. – Reclamou Alanna.
- Bom, foi uma ordem do duque. – Deu de ombros Amgram. – No final das contas, o duque tinha um preferido e emprestou as armas de cerco para os nossos oponentes. Isso resultou num massacre que alguns de vocês conhecem. – Concluiu num tom sombrio enquanto encarava Arannis.
- Ah, isso é idiotice. Os que disputavam a mão da garota, eles que deviam lutar! – Reclamou mais uma vez a meio-elfa.
- Pois é. – Concordou o anão. – Mas enfim, agora parece que o duque fez besteira o suficiente para exigirem uma Assembleia. Vai ter um debate, depoimentos, então vão escolher se substituem ele ou não. O postulante ao cargo é o conde Skiba.
Alanna digeria as informações pensando na própria família. Ela sabia que seu pai não era um dos aliados do duque e até sua saída da cidade também não tinha uma relação muito próxima com os Skiba. Ela ficava imaginando o quanto sua casa se envolveria nesta disputa, ciente de que várias casas se mexiam para defender o interesse de seus maiores aliados. Logo todos guardaram suas coisas e retomaram a viagem.

...

Era madrugada e Arannis e Magusar já estavam de pé arrumando as coisas para que a viagem fosse retomada logo que os outros acordassem. O grupo havia se dividido em dois acampamentos, um sob cada uma das maiores árvores da área, já que havia uma ameaça de chuva. A lua estava escondida entre as nuvens e a luz vinda das estrelas era bem precária. Os dois eladrin estavam distraídos quando um míssil mágico atingiu o bladesinger no peito.
Ainda sem tempo de reação, ambos tiveram sorte ao ver uma machadinha passar raspando no ombro de Arannis e um virote se perdendo nos cabelos de Magusar quando o mesmo se movimentou para evitar o disparo. Logo avistaram seu acampamento cercado. Eram quatro indivíduos portando clavas simples, enquanto um sujeito vestindo capuz trazia um cajado na mão. Além deles, ainda havia um outro apontando uma besta enquanto escorava uma alabarda em suas costas, sendo o último e maior membro do grupo aquele carregava consigo um machado grande.
Aos gritos dos eladrin, Alanna, Elros e Luize se levantaram assustados, procurando suas coisas de maneira afobada. Arannis e Magusar enfrentavam os inimigos, o primeiro disparando um míssil mágico enquanto o segundo se adiantava para evitar que os aliados fossem atingidos. Os agressores haviam aproveitado a surpresa para iniciar seus ataques e continuavam a fechar o cerco em torno do grupo sonolento, mantendo o mesmo padrão de ataques que iniciaram.
As trocas de golpes começaram, com o inimigo da besta jogando-a ao chão enquanto sacava sua alabarda e o bandido encapuzado se mantendo afastado para usar suas magias. O lâmina arcana logo foi cercado por três adversários enquanto num outro lado do acampamento Alanna e Elros lutavam lado a lado para impedir o maior deles, auxiliado por um dos que portavam clavas. A barda ficava na retaguarda do grupo, disparando suas flechas no mago, tentando tirá-lo do combate.
O arcano inimigo usou então de seu trunfo, fazendo saltar de seu cajado uma corrente elétrica que atingiu o bladesinger antes de serpentear na direção da ardent e depois da barda, que reagiu quase instantaneamente com um disparo carregado de energia arcana que perfurou o tórax do mago e jogou-o para trás, tamanho impacto. O lâmina arcana, cercado, executou um giro em torno de si próprio, eliminando dois de seus agressores num único golpe energizado de sua espada. Arannis foi em ajuda a Magusar, ativando mais uma vez a magia em sua lâmina, fazendo-a cantar enquanto cortava músculos e ossos do inimigo à sua frente.
Alanna, amparada pelo battlemind, golpeava com sua alabarda enquanto espalhava sua energia psiônica para se fortificar e logo eliminou um dos lutadores de clava. Elros girava seu martelo de guerra e golpeava com força o grandalhão à frente, evitando com sucesso a maioria de seus ataques usando seu escudo. Magusar, acuado, acabou se teleportando para a retaguarda visando se recuperar dos golpes recebidos, sentindo-se rejuvenescido pelas palavras de incentivo dotadas de magia de Luize, que ao seu lado seguia disparando contra o mago inimigo.
O último dos quatro lutadores de clava foi eliminado por um golpe mágico de Arannis, caindo inconsciente enquanto a barda usava um novo disparo para acabar com o arcano, alojando uma flecha em seu olho direito. Do outro lado, o meio-elfo pressionava o grandalhão, dando à ardent a abertura necessária para um golpe forte transversal que separou o pescoço do inimigo de seu corpo e ainda cortou fundo até seu ombro, quase arrancando seu braço também. A cabeça rolou para longe da comitiva, que se entreolhava depois da batalha.
Então eles perceberam que o restante do grupo se aproximava, provavelmente tendo dado conta dos inimigos que enfrentavam sob a outra árvore. Ficaram todos se encarando durante um tempo, quase todos cheios de sangue, suados e agora bem despertos. Revistaram alguns dos corpos, encontrando algumas moedas e reparando que eram todos humanos. O maior deles tinha uma tatuagem de uma cabeça de bode na lateral do pescoço dilacerado.
- Vejam, este tem uma tatuagem. – Apontou Alanna.
- Bode Negro. É uma organização criminosa de Tomhills. Achei que eles não existiam mais... – Ponderou Shaisys.
- Os outros não tem? – Perguntou Arannis indo investigar outros corpos, notando que um deles permanecia vivo.
- Não que tenha visto. – Respondeu Amgram enquanto o resto concordava.
- Esse aqui está vivo, vamos ver o que ele sabe. – Completou o bladesinger enquanto amarrava o sobrevivente.
- Eles se vestem com as cores do duque, perceberam? – A meio-elfa observava os cadáveres.
- É verdade. – Taciturno, o anão se sentou encarando a bagunça que virou o acampamento.
Luize então começou a dedilhar seu alaúde e cantar mais uma das belas melodias que encantaram o grupo durante toda a viagem. Todos recuperavam seu ânimo enquanto descansavam próximos à arvore, depois de terem levado os cadáveres para longe. Por um breve instante era como se nenhum combate tivesse acontecido e estivessem em paz no aconchego de seus lares. Todos ficaram um pouco cabisbaixos quando ela parou de tocar, fazendo silêncio depois de notar que o agressor nocauteado começava a se mexer.
- Temos muito o que conversar. – Arannis ameaçou o bandido com sua espada depois de se aproximar.
- Oh não... – Lamentou o humano.
- Pode começar. – O grupo insistiu.
- Dinheiro. Ofereceram dinheiro pra gente acabar com vocês. Só isso. – Deu de ombros o assassino, sem muitas esperanças.
- Quem mandou? – Perguntou Alanna.
- O duque.
- O duque contratou vocês? – Ficou perplexo o bladesinger.
- Não diretamente, né? Não fui eu quem negociei. O grandão ali só chamou a gente, falou do dinheiro... Foi ele quem arranjou tudo. Eu só segui. – Explicava o bandido, suando enquanto encarava a espada próxima a seu pescoço.
- Bom, já conseguimos o que precisávamos.
Após sua frase, Arannis estocou com sua espada na garganta do assassino, que gorgolejou e se afogava no próprio sangue enquanto morria em agonia. Todos foram pegos de surpresa pelo súbito ataque e Elros se levantou em protesto, chutando o chão e reunindo suas armas para sair de perto do eladrin.
- Por que você fez isso?
- Ué, ele tentou me matar, não merece viver. – Deu de ombros o bladesinger.
- Ele já não oferecia perigo nenhum. – Comentou o anão.
- É assim que eu sou, ele tentou me matar. Nos matar. – Concluiu encarando Alanna.
- Isso não é guerra. – Protestou o battlemind, se afastando enojado.
O eladrin de cabelos prateados ficou um pouco pensativo enquanto encarava o cadáver do assassino, ponderando sobre as palavras do meio-elfo. Luize o encarava com desaprovação, balançando a cabeça enquanto também juntava suas coisas, reorganizando-as. O olhar de Amgram passava por cada membro do grupo, pensativo, enquanto o outro eladrin observava sem reação.
- Podíamos ter levado ele para depor a nosso favor. – Lamentou a meio-elfa.
- Não. Não seria confiável. – Descartou o anão.
- Pelo menos sabemos que o duque tenta nos matar. Isso vai pesar contra ele. – Arannis comentou, como se saindo de um transe.
- Só palavras não significam muita coisa. Não temos como provar. Eles vestem as cores do duque. E daí? Qualquer um poderia... – O anão começou a se levantar.
- É verdade. Pelo menos agora já sabemos o que esperar. – Finalizou Alanna, vendo concordância nos olhos de Magusar.

...

Depois de dois dias caminhando pelas colinas num constante sobe e desce, sempre atentos, os mercenários chegaram até as muralhas de Tomhills. A arquitetura parecia a mesma de Markham e Travisen, uma muralha sólida e reta construída de pedras, que cercava todo entorno da cidade. Nos portões, alguns soldados faziam guarda e encaravam o grupo que se aproximava.
- Esperem aqui, deixem comigo. – Avançou Amgram. 
O anão conversava com os guardas de maneira calorosa. Eles pareciam um pouco desconfiados e os menos envolvidos na discussão encaravam o grupo com certo receio. Então o anão deu alguns passos para dentro e encostou num dos portões abertos, esperando por um soldado que partiu e voltou em alguns minutos acompanhado de alguém que Alanna logo identificou como um servo direto de uma casa nobre. Amgram então sinalizou para entrassem e os acompanhassem. Lá estava o grupo, finalmente adentrando as muralhas de Tomhills.

6 comentários:

  1. O Arannis estava com sangue nos olhos kkkkk. Muito bom Rick!

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  2. Rick, o Arannis amarrou o rapaz antes de ser interrogado, foi isto que gerou maior revolta no grupo.... (só para constar: eu tbm fiquei indignada).
    E eu usei minha energia psiônica pra dar pvs temporários pro Elros, não para mim...
    Por fim, ficou boa a narrativa...

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    1. "- Esse aqui está vivo, vamos ver o que ele sabe. – Completou o bladesinger enquanto amarrava o sobrevivente."

      E você deu PV pro Elros uma vez só, nas outras foi pra você (inclusive no segundo uso ainda confirmou comigo que não dava pra acumular, lembra? =P)

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  3. Sangue no zoio msm, mais fiquei com raiva e matei, mais já me arrependi e não vai acontecer de novo.... Eu acho hahahaha

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  4. Esse Magusar podia ficar com a Luise, Rick vc podia facilitar o processo hehehe, a narrativa fico muito boa msm.

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  5. arannis ta muito revolts....manera ai XD

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