sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Ato II: A Assembleia III

Capítulo 11

Sem cerimônias, o grupo acompanhou um criado da nobreza da cidade. Suas vestes eram simples e o tom dominante era o roxo. Conforme andavam pelas ruas pavimentadas da cidade puderam atestar tudo que se fala dali. Tomhills é, de fato, uma cidade cinza. As placas de lojas pareciam todas padronizadas, as vestes dos trabalhadores tinham pouca variação cromática, assim como os prédios. O contraste com Markham era gigantesco.
Após alguns minutos de caminhada passando por ruas movimentadas e cheias de trabalhadores silenciosos, desviando de cavalos e observando a arquitetura cuidadosamente planejada da cidade, o grupo chegou até a região central da metrópole, onde uma grande praça retangular colocava um pouco de cor na paisagem, cheia de árvores e com um jardim sucinto, mas bem cuidado. O criado havia ignorado a maior parte dos comentários do grupo, adquirindo instantaneamente a antipatia de alguns.
Foram conduzidos até um banco onde repousava um homem que tinha por volta de trinta anos, seus cabelos castanho-escuro lisos caindo até a altura do queixo. Ele abriu um sorriso com a chegada do grupo e logo se levantou, passando seus olhos azuis por cada um. Enquanto arrumava suas roupas roxas que claramente demarcavam sua classe social elevada, ele se aproximou mais do grupo.
- Sejam bem-vindos! Eu sou Charles Thomas Taylor, braço direito do conde Skiba. Fico feliz que tenham chegado bem. – Meneou a cabeça.
Amgram e Alanna logo reconheceram o nome e também o conde. Taylor havia sido o contratante dos Silverhawks na batalha que acontecera há alguns anos e culminara no massacre que a guilda sofreu, perdendo a grande maioria de seus membros. A vontade do duque havia tirado sua chance de obter a mão da filha dele e parecia natural que ele fosse um forte opositor atualmente. Essas coisas não eram esquecidas facilmente em Tomhills.
Um a um foram contando sobre a viagem e os problemas que encontraram no caminho. Charles foi o tempo todo amigável e ouviu com atenção. Ele se mostrou bastante intrigado com o ataque descrito e prometeu fazer o que estivesse ao alcance para acabar com a tirania do duque DeLonge em Tomhills. Apesar de uma insistência de Arannis sobre informações banais, o nobre conseguiu manter a pose e ofereceu ao grupo a estadia em uma das maiores tavernas da cidade.
Amgram havia ficado contrariado com o silêncio de Alanna quando Taylor perguntou se já tinham onde ficar, mas manteve-se em silêncio. A meio-elfa fazia todo possível para esconder sua face e alguns dos membros do grupo olhavam com diversão para essa situação. Logo foram novamente conduzidos pelo criado obstinado do nobre até a taverna Estrela Dançante, uma grande construção que se destacava muito daquelas à sua volta.
Dentro da taverna viram um local cheio de luxo, com ambientes diferentes espalhados pelo enorme salão, um belo palco num dos cantos e um balcão centralizado, entre duas escadas que resultavam em corredores elevados que tinham portas do lado oposto às escadarias e seguiam para ambos os lados, provavelmente com mais quartos. O criado conversou rapidamente com o taverneiro enquanto o grupo se ajustava e observava o local, no momento vazio.
Não demorou muito para que o criado partisse sinalizando que estava tudo combinado e o grupo se aproximasse do balcão. O taverneiro se apresentou como Lajon Witherspoon enquanto limpava algumas canecas. Ele era alto e corpulento, tinha a pele escura e cabelos trançados que iam até os ombros. Seus olhos castanhos denotavam uma certa generosidade que logo se mostrou para o grupo.
- Espero que aproveitem bem. Os quartos já estão prontos para vocês e conforme foi pedido pelo conde Taylor, o andar superior é todo de vocês. Podem me procurar se precisarem de qualquer coisa, ou falar com a minha filha, Tamara.
A garota que ele indicou estava retirando alguns pratos de uma das mesas, provavelmente recém-desocupada. Ela também tinha a pele escura, mas era bem menor que o pai. Seus cabelos também eram divididos em várias tranças que iam até o meio das costas, seus olhos castanhos eram os de alguém dedicado e centrado. Obtendo a atenção do grupo, ela assentiu discretamente com a cabeça antes de levar a louça para a cozinha, passando por uma porta do lado oposto do palco.
Luize olhava para o palco com interesse enquanto o grupo subia as escadas para escolherem seus aposentos. Alanna, quando passou por Lajon para subir as escadarias, comentou casualmente que a barda deveria ter a permissão para tocar e que o homem não se arrependeria. Carismático, o taverneiro concordou e deixou a trovadora à vontade para tocar quando quisesse. Sorrindo, ela se junto aos outros no andar de cima, onde debatiam sobre os quartos.
- Como acham que devemos fazer? – Perguntou Alanna enquanto o grupo se certificava de que os quartos tinham duas camas cada.
- Acho que devemos ficar em quartos próximos. – Comentou Amgram.
- Que tal dividirmos um quarto, Luize? – Sugeriu Magusar.
- Acho melhor as mulheres dividirem quartos. – A meio-elfa interviu, provavelmente salvando a barda do constrangimento causado pela oferta.
- É, acho melhor. – Concordou a humana.
- Então nós vamos para outro. – Comentou Shaisys, indicando outro quarto para Gwen.
- Vou naquele do canto. – Apontou Amgram.
- Vou com você então. – Se adiantou o lâmina arcana, sem se deixar abater pela recusa anterior.
- Vou naquele. – Disse Arthur enquanto passava por uma das portas, sendo seguido por Malaggar.
- Sobramos nós. – Comentou casualmente Elros, olhando para Arannis.
Todos ajeitaram suas coisas nos respectivos quartos. O bladesinger resolveu ir se banhar imediatamente, deixando Elros para trás, tirando sua armadura. A meio-elfa se juntou a ele para auxiliar na tarefa e depois também teve ajuda para tirar a própria. Magusar descansava despreocupadamente no mesmo quarto que o anão, que se jogara na cama sem cerimônia. Numa rápida consulta, Alanna e o battlemind deixaram a taverna para o distrito do mercado.
O mercado seguia o mesmo visual que eles viram na chegada à Tomhills. As construções eram todas bem planejadas e seguiam uma padronização bastante rígida, tanto na arquitetura quanto na decoração. Não demorou muito para que encontrassem a loja de roupas que a meio-elfa queria. Ambos fizeram suas compras, enquanto ela insistia para que ele comprasse uma roupa de maior qualidade, o mesmo se restringiu ao traje mais simples que a maioria dos cidadãos vestia.
Na volta para a Estrela Dançante, o par de meio-elfos passou por Arannis, que depois de se lavar e cuidar das roupas, pediu instruções à nativa para encontrar o mesmo mercado do qual voltava. O eladrin foi então comprar trajes novos enquanto o restante do grupo aproveitava para se lavar no local reservado para isso, que era compartilhado entre todos os residentes temporários do estabelecimento.

...

O horário de almoço chegou e o grupo todo estava reunido em volta de uma mesa, onde um banquete era servido. A comida era saborosíssima e todos tinham direito a uma caneca de cerveja, que também se provara da melhor qualidade. Tamara atendia a todos com seriedade, mas de maneira amigável. Amgram e Arannis não hesitaram em comprar mais canecas extras. Após terminar de comer, Luize aproveitou para ir até o palco e presentar a todos com suas canções.
- Preciso falar com você. – Disse Alanna a Amgram antes de os dois se separarem do grupo.
A meio-elfa pensava sobre sua casa e pedia conselhos ao anão, mais velho. Amgram fez questão de ouvir da ardent o que acontecera no passado, de como deixara sua família desemparada fugindo no dia de seu casamento. Entendendo o dilema da jovem, ele tratou de tranquiliza-la e recomendou que voltasse à sua casa. Não acreditava que a mágoa perduraria por todos os dois anos passados desde o incidente. Mesmo ainda insegura, ela resolveu que deveria voltar para a família e não teve que esperar muito tempo para que todo o grupo se reunisse, preparado para partir. Enquanto saiam podiam ver que a taverna começava a receber sua clientela costumeira, em sua maioria pequenos nobres.

...

A passagem pela região nobre da cidade foi de espanto para o grupo. A maioria deles se maravilhava com o tamanho e a beleza das mansões, algo inimaginável para muitos deles. Elros se sentia bastante desconfortável, mas seguia o grupo em sinal de sua dedicação ao trabalho. Amgram caminhava tranquilo enquanto Alanna ia ao seu lado, toda encapuzada, bastante ansiosa. Algumas brincadeiras eram feitas para tentar aliviar o clima, mas nada mudava seu ânimo.
Não demorou para que enfim chegassem até a mansão dos Hazel. A casa era muito grande e tinha uma arquitetura simplista, mas estava muito bem cuidada e transpirava nobreza. O grupo foi parando à frente da porta, amontoados e desnorteados com a opulência do local. Tomando a iniciativa, Arannis pegou o batedor da porta e fez seu som ecoar pela rua, deixando a todos atônitos. Quando a porta se abriu, a criada do outro lado da porta se surpreendeu com o que via. Sem qualquer palavra, o bladesinger simplesmente puxou o capuz de Alanna, deixando seu rosto de surpresa exposto.
- Senho.... Senhorita Alanna? – A criada gaguejou sem acreditar.
- Senhorita. – Confirmou a jovem, sua ansiedade dando lugar à postura costumeira da nobreza.
- Por favor. – A criada indicou o interior da casa para todos, terminando de abrir a porta. – Vou chamar seu pai.
Após uma leve mesura a criada se retirou na direção de uma porta lateral. O grupo adentrou a sala e ficou embasbacado com a riqueza da família da meio-elfa. Belas tapeçarias em bordô e dourado, cores da família, decoravam as paredes. Haviam quadros e esculturas espalhados pela sala de estar, enquanto alguns sofás com estofado aveludado no mesmo tom das tapeçarias estavam dispostos em seu centro, em volta de uma mesa de centro bastante elegante.
- Ora, ora. – Comentou casualmente o pai de Alanna enquanto caminhava até o grupo. – Vejo que voltou à sua casa.
- Pai. – Foi a única coisa que a meio-elfa conseguiu dizer, o coração apertado e a ansiedade a consumindo.
- Que bom que resolveu voltar à sua casa. – Ele falou seriamente, apesar de os olhos brilharem ante a situação. – Que sejam todos bem-vindos. – Cumprimentou o resto do grupo.
- Acho melhor deixarmos os dois conversarem em paz. – Sugeriu Arannis.
- Sim, devemos conversar. – Confirmou a ardent.
- Por aqui. – Sinalizou o nobre, levando o grupo à porta da qual veio.
Se viram numa sala que parecia ser um escritório. Uma escrivaninha de madeira tinha alguns papéis e selos em sua superfície, algumas prateleiras com livros e um conjunto de sofás grandes dispostos como se fossem para a plateia de um espetáculo, abrindo-se numa fila única à frente de uma poltrona solitária. No centro havia uma nova mesa de centro, um pouco maior que a da sala. Alanna lembrava que seu pai costumava receber amigos ali, tanto para negócios como para jogar. Todos se alojaram nos sofás, a meio-elfa exatamente de frente com a poltrona de seu pai, amparada por Amgram.
Alto, de cabelos louros cortados rentes e com uma barba bem cuidada, o conde Marshal Huges Hazel parecia estar na casa dos cinquenta anos. Ele vestia uma roupa simples, mas de origem inconfundível. Seu olhar demonstrava gentileza, mas ele parecia bastante metódico conforme se assentava na confortável poltrona bordô. Podiam ver ao lado da mesma uma pequena mesinha onde repousava seu cachimbo e um lenço cuidadosamente dobrado. Seus olhos verdes percorriam a sala, analisando cada um dos presentes.
- Pois bem. Podemos começar.
- Na frente de todos? – Questionou a jovem.
- São todos seus amigos, não são? – Sorriu o homem.
Após a confirmação de Alanna a conversa tomou seu rumo. Apesar de estarem falando na frente de todos, suas frases eram reticentes e cheias de meias palavras. Por um longo momento o resto do grupo só podia tentar decifrar o que significava exatamente aquela conversa. Envergonhada e ainda incerta quanto ao seu futuro na família, a meio-elfa acabou contando a seu pai porque abandonara o casamento e a família naquele fatídico dia. Sem querer ela havia presenciado a traição de seu noivo, acompanhada de uma conversa que até hoje a enoja.
Conde Marshall, apesar da postura séria e autoritária, se mostrou compreensivo. A ardent se lembrava com repulsa dos planos do antigo noivo para o casamento e de como se sentiu desiludida após vê-lo com outra mulher. Justamente ele, que havia sempre se portado de maneira tão correta e romântica. A descoberta de tal fato fez com que se sentisse desamparada, desesperada, e a primeira coisa que ela pensou foi em fugir. Seu pai, apesar de concordar com a recusa dela em seguir com o compromisso, fez questão de demonstrar o desgosto com a maneira com que tudo aconteceu.
A repreensão durou um tempo razoável, objetiva e rígida. Arannis e Arthur se esforçavam para manter a expressão séria, se divertindo com o embaraço da psiônica na frente de todos, que a essa altura já conseguiam ter uma boa noção de tudo que aconteceu. O anão sinalizava positivamente com a cabeça enquanto pai e filha se reconciliavam. Após a oferta e insistência do conde, ela aceitou ficar na casa com seus amigos até que a Assembleia chegasse, pois segundo o próprio patriarca Hazel, proteger Amgram também era do interesse dele, já que apoiava o conde Skiba.
Quando pai e filha deixaram a sala para comandar os criados para que aprontassem os quartos de hóspede, Alanna inquiriu novamente seu pai sobre a recepção. Ele fez o possível para deixar claro que estava feliz em rever a filha, mas a lembrou de que tinha um papel na família e na sociedade, por isso deveria tratar de coisas tão importantes da maneira mais distinta possível. Mais tranquila, ela conduziu o grupo pela casa, apresentando os locais de importância e, quando todos foram descansar em seus respectivos quartos, foi para o próprio esperar pela mãe, que havia saído.

...

Já era final de tarde quando Alanna estava em seu quarto, já vestida como uma Hazel, e ouviu batidas à porta. Abrindo-a ela pode finalmente rever sua mãe. Lyidis ainda tinha toda beleza da qual sua filha se lembrava. Seus cabelos, longos e acobreados, estavam penteados à moda da cidade e seus olhos verdes brilhavam de alegria. Quando a meio-elfa se deu conta, já estava abraçada à mãe, a mesma sensação familiar e reconfortante que parecia não ter por muito mais do que os dois anos que se passaram desde sua fuga.
Mãe e filha conversaram bastante para colocar todos os assuntos em dia. Como não podia deixar de ser, a elfa mostrou preocupação com a vida atual da filha e, mesmo contrariada, não fez nenhuma oposição direta à sua escolha. A ardent soube pela mãe que o irmão mais velho, Marshal, havia se casado recentemente. Também soube que ele foi quem mais sofreu com sua partida, sendo sempre alvo de chacota de outros nobres da mesma idade.
Seu irmão mais novo, Theodore, logo apareceu, também abraçando a irmã. O caçula da família já estava com dezenove anos, os cabelos do mesmo louro acobreado de Alanna, presos por uma tira atrás do pescoço e indo até um palmo abaixo dos ombros. Um novo papo animado surgiu, o jovem Tedd encantado pelo novo lugar conquistado na sociedade, agora uma figura frequente nas maiores festas da cidade. Como sempre, ele quis saber o que a irmã andou fazendo nesses dois anos longe de casa.

...

O momento do jantar chegou e o grupo foi convidado para tomar parte. Apenas Arannis e Arthur, além de Alanna, desceram. A comida era ótima, como era de se esperar, mas as conversas lembraram a meio-elfa do quanto as coisas podiam ser entediantes na nobreza de Tomhills. Todos se portaram bem à mesa e nenhum assunto desagradável surgiu, apesar de ficar claro a todos que o irmão mais velho, Marshal, estava descontente com a chegada da ardent. A noiva dele, outra nobre, quase não falava e se restringia apenas em concordar com as afirmações da família.
Nos quartos, Magusar conseguiu convencer Luize a jantar juntos no quarto dela. Tiveram um bom tempo para conversar e saber um pouco mais um do outro, apesar de o eladrin ver suas investidas rechaçadas com humor pela barda. O resto do grupo jantou dentro dos próprios quartos, todos felizes com a boa comida e até um pouco displicentes com a missão, graças ao luxo que os cercava no momento.

...

Arannis estava em seu transe, recuperando as forças, quando ouviu um barulho vindo do lado de fora do quarto. Abrindo os olhos, notou que sua porta se abria e uma figura espiava pela abertura. Magusar também percebeu que alguém abria a porta de seu quarto e, assim como o companheiro eladrin, estava a par da figura que das sombras o encarava, ainda sem perceber que havia sido descoberta. Então ambos ouviram um grito vindo do quarto de Amgram. Os invasores, surpresos, deixaram a cautela de lado e então ambos eladrin estavam de pé, espada em punho para acabar com seus inimigos.
Elros, Luize, Arthur e Alanna também ouviram o grito, esta última na ala da família, razoavelmente longe do quarto dos hóspedes. Todos se levantaram com pressa, mãos tateando em busca das armas, a necessidade de cumprir a missão os empurrando para o corredor onde os invasores se amontoavam. Cada um, exceto pela meio-elfa, encontrava um adversário e notava que haviam outros pelo corredor.
Haviam três indivíduos trajando gibões de peles, machados grandes em mãos: um estava à porta de Magusar, outro foi de encontro a Arthur e o terceiro, de Elros. Quatro humanos vestidos com corseletes de couro e portando grandes clavas estavam pelo corredor, um era o que espiava Arannis, outro ficava na extremidade do corredor por onde Alanna despontava depois de algum tempo, um terceiro na porta da barda e o restante no meio do bolo de pessoas. Havia ainda dois encapuzados segurando cajados, próximos um do outro, protegidos pelos colegas no corredor estreito.
Elros logo ataca, seus poderes psiônicos envolvendo-o para torna-lo mais forte contra os avanços inimigos. Ele e Arthur eram os que mais se ressentiam da ausência de suas armaduras. Arannis usava a mesma magia de sempre na espada, produzindo sons a cada golpe, despachando o homem com clava rapidamente. Arthur usava suas técnicas divinas no inimigo do machado que o abordara, afastando-o da porta rumo ao corredor. Luize também despachou um dos homens de clava na primeira flecha disparada, certeira no pescoço.
Magusar, aproveitando-se da magia para ser mais rápido, atacou seu adversário com machado e então se teleportou no corredor, nas costas de um dos homens de clava, arrancando sua cabeça com um golpe limpo e simples. Os invasores contra-atacavam como podiam, mas acabaram surpreendidos com a resistência e não conseguiam se livrar do grupo. Os homens com cajado disparavam rajadas de energia e foram os únicos que obtiveram algum sucesso em machucar os obstinados defensores.
As trocas de golpes se intensificavam. O bladesinger se aproximou do guerreiro de machado que invadira o quarto de Elros, sua espada penetrando fundo na pele das costas de seu novo alvo. Arthur desferiu mais um golpe pesado em seu adversário, que logo foi golpeado pelo lâmina arcana, encerrando um ataque que havia passado pelo próprio adversário e terminado com um teleporte e um corte rápido naquele que atormentava o paladino. Bastante ferido, o bandido jogou seu machado ao chão e se rendeu, sendo mandado para o fundo do quarto do sacerdote azul.
A barda se aproveitou do ataque de um dos magos para disparar uma flecha certeira no peito do mesmo, lançando-o contra a parede. Com medo, o inimigo lançou seu cajado ao chão e abaixou-se no corredor, se protegendo de outros golpes. Alanna finalmente se aproximou o suficiente do homem de clava restante, despachando-o para o mundo dos espíritos num rápido golpe de sua alabarda.
Cercado por Arthur, Magusar e a meio-elfa, o guerreiro de machado que havia invadido o quarto do eladrin, bastante ferido, se rendeu também, sendo mandado para o quarto que tentara invadir. Sons de batalha continuavam sendo ouvidos do quarto de Amgram, o último do corredor. Logo o segundo mago foi cercado e também se rendeu, cajado no chão e mãos para o alto. O grupo então tentava forçar a rendição do último guerreiro de machado, que desconfiado da palavra do grupo ficava na defensiva depois da longa luta com o battlemind.
Alguns membros do grupo correram até o quarto do anão e viram um dos homens no chão sem cabeça. Amgram tinha alguns arranhões mas parecia bem, ao contrário daquele que tentou mata-lo. Na distração, checando os agora reféns no corredor e tentando convencer o último dos bandidos a se entregar, o grupo não percebeu que os dois guerreiros de machado que foram levados aos quartos haviam fugido pelas janelas. O grupo todo estava reunido no corredor encarando o sobrevivente no quarto de Elros quando todos ouviram um grito estridente vindo da ala da família da meio-elfa.

5 comentários:

  1. Puta q pariu, eu ia comentar coisas importantes mas li o final e fiquei ansiosa...
    Por fim, tem umas coisas q Vc esqueceu, eu num fui simplesmente ajudar a tirar a armadura de Elros, eu fui convidar o Arranis pra ir ao mercado e ele num tava... só encontrei o Elros e ajudei ele...
    O primeiro a se entregar foi com meu golpe...
    Agora, num mata ninguém da minha família não... por favor....

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  2. Vc tbm esqueceu de mencionar que eu convidei gentilmente a Luise a se sentar ao meu lado. Porem esse final me deixou muito empolgado pelo proximo encontro.

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  3. Está ficando cada dia mais empolgante, e os nomes dos irmãos da Alanna me fez lembrar Marshall Eriksen e Ted Mosby kkkkkk HIMYM

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  4. Rick esta padronização de cores é uma coisa feita pelo lorde da cidade de Tomhills?
    Alanna o Arannis não vai te trair. Uma pena o irmão caçula ter morrido e não o mais velho.

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  5. por isso que meu personagem nao gosta de nobres! mal chego na cidade ja foi atacado....na cidade é atacado....ai nao da xD

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