segunda-feira, 21 de março de 2016

Biblioteca: O Herói, o Dragão e a Assassina VI

O Herói, o Dragão e a Assassina
Parte 6

Zlav, Sarah e Smöke passaram séculos ausentes, viajando por outros planos, procurando meios de reverter a maldição da elfa com alma de dragão. Pouco se sabe sobre estas viagens, pois o trio apenas retornou quando a guerra já havia devastado em muito nosso mundo e os deuses finalmente resolveram tentar negociar, em 1154. Pouquíssimos sacerdotes estiveram presentes nas negociações e os sobreviventes disseram que encontraram o herói por lá, enquanto seu amigo e sua amada o esperavam em outra localidade, longe dos devotos do Rei Alado.
O eladrin havia voltado ainda mais poderoso de suas viagens, trazendo consigo artefatos dos mais variados poderes e planos de origem. Ele mesmo se utilizava de vários, mas deixou alguns com seus mais fiéis companheiros que ainda estavam vivos, inclusive um para o amigo que havia sido reconhecido como Galadfae pela deusa Kalaionne e já desfrutava de uma nova vida. Também havia deixado presentes aos descendentes dos companheiros idos, certificando-se de que pudessem sobreviver ao caos que imperava em Reiseheim àquela altura. Entre os artefatos que usava, se destacavam uma luva negra que diziam aumentar sua força exponencialmente e uma espada longa que se acreditava ser capaz de matar qualquer criatura num único golpe.
É conhecimento comum, apesar de não confirmado, que os conflitos entre os deuses começaram com Laraelle e Cireael. Uma informação comumente omitida, mas ainda assim provável, é a de que Namkaherz só se envolveu no conflito depois da intervenção de Zlav. Vendo que o herói tinha em suas mãos um artefato capaz de matar uma divindade, o Dragão Supremo aproveitou para tentar eliminá-lo, mas acabou sendo tragado para uma batalha sem precedentes, que redefiniu o mundo e transformou Reisenheim no que é hoje. O conflito acabou cedo, no entanto, ante à ameaça de interferência de Thoriann, o deus mais hábil no combate direto.
Exilados, as três divindades partiram de nosso plano e Zlav foi junto. Ele pareceu o tempo todo muito preocupado e próximo à Dama dos Portais, o que sempre deixou muitos historiadores em reflexão. Pouco se sabe sobre Sarahdreazhallas ou Smökendanthallarak na 3ª Era. Relatos contam que o dragão perdeu sua vontade de viver entre os humanos e se isolou do mundo civilizado, entrando num estado de hibernação em alguma caverna longínqua. Dizem também que a assassina vaga pelo mundo, triste, esperando pelo dia que seu amado irá voltar. Naturalmente, uma história tão comovente não deixaria de ser explorada pelos trovadores, como provou Christoph Martin. Hoje a maioria das pessoas desdenha desta história, incrédulos na existência do jovem eladrin que se tornou um símbolo de heroísmo para o mundo. Mas há diversos indícios de sua existência e os mais românticos ainda esperam por sua volta ao nosso mundo.

Até o fim dos tempos
Christoph Martin

Roube meu coração e segure minha língua
Eu sinto que minha hora, minha hora chegou
Deixe-me entrar, destranque a porta
Nunca me senti desse jeito antes

E as rodas continuam girando
O tambor começa a soar
Não sei que caminho eu estou seguindo
Não sei por qual caminho eu cheguei

Segure minha cabeça entre suas mãos
Eu preciso de alguém que entenda
Eu preciso de alguém
Alguém que escute
Por você eu esperei todos esses anos

Por você eu esperaria até o fim dos tempos
Até que meu dia
Meu dia termine
E diga que você virá e me libertará
Apenas diga que você esperará
Você esperará por mim

Em suas lágrimas e em seu sangue
Em seu fogo e em seu dilúvio
Eu ouço você rir, eu ouvi você cantar
E eu não mudaria nem uma única coisa

E as rodas continuam girando
Os tambores começam a soar
Eu não sei que caminho estou seguindo
Eu não sei o que eu me tornei

Por você eu esperaria até o fim dos tempos
Até que os meus dias
Meus dias terminem
Diga que virá e me libertará
Apenas diga que você esperará
Você esperará por mim

- “Lendas de Heróis e Vilões”, Sarah Strahovski

Música: “Till Kingdom Come”
Álbum: "X&Y", Coldplay (2005)
Compositores: Chris Martin, Guy Berryman, Jon Buckland e Will Champion
Não detenho quaisquer direitos sobre a música.


Biblioteca: O Herói, o Dragão e a Assassina V

O Herói, o Dragão e a Assassina
Parte 5

O grupo de heróis e as forças de Elleothas saíram vencedores da batalha, vários dragões abatidos e os poucos que foram poupados partiram com uma mensagem clara à religião de Namkaherz. Os aliados de Zlav e as tropas de defesas elleon foram imprescindíveis na batalha, muitos dando sua vida pela vitória. Pelos séculos que se seguiram, o nome do herói perdeu força. Ele teve poucas aparições, sempre em momentos de necessidade de alguém. Dizem, e provavelmente é verdade, que ele esteve fora de nosso mundo, explorando outros planos. Pelo menos é o que se especulava naquela época.
Uma outra história que ficou popular nessa época é de como seu amigo, David Draiman, e os soldados da defesa elleon confiavam nele. O bardo estava em Tallasys quando a cidade caiu, já no fim de sua vida humana. Vários soldados ficaram e lutaram até o último suspiro, certos de que o herói voltaria a qualquer momento para ajuda-los. Infelizmente, todos sabemos que Zlav estava sendo atacado por todo o continente e temia levar a fúria dos dragões até as tropas defensivas. O eladrin carregou essa culpa por toda sua vida. O bardo James Hetfield criou uma bela canção sobre isso na época, que se tornou popular rapidamente.
Era uma música de lamentação pela queda da cidade, mas uma exaltação ao espírito daqueles que, tocados por seu heroísmo, se sacrificaram pelos mais jovens. Ela buscava mostrar como se sentiam os valentes veteranos de guerra na noite em que tiveram sua última batalha para que seus amados alcançassem a segurança de Elleoville, capital do reino. Ela também faz menção às janelas enormes de um dos monumentos da cidade, chamado de Torre da Chama. Era uma torre octogonal que tinha aberturas em seu topo que se alongavam por mais de dez metros com desenhos intrincados e belos. Em seu interior brilhava uma chama branca produzida por magia que iluminava toda a cidade e seus arredores. Dizia-se à época que o apagar dessa luz seria o fim da cidade. E de fato foi.

Herói do dia
James Hetfield

Mãe, eles tentam e me quebram...

A janela queima para iluminar o caminho de volta
Uma luz que aquece não importa onde estejam
Eles saíram para achar o herói do dia
Mas e se tivessem que cair pelos meios distorcidos de alguém?

Ainda queima a janela
O tempo passa tão lentamente
E alguém está suspirando
Guardiões da chama
Vocês sentem seu nome?
Não ouvem seus bebês chorando?

Mãe, eles tentam e me quebram...
Ainda continuam tentando e me quebram...

Desculpe-me enquanto cuido de como me sinto
Essas coisas retornam e para mim ainda parecem reais
Agora mereço esta cadeira confortável
Mas seu balanço foi parado pelas rodas do desespero

Não quero sua ajuda
Mas o punho que cerrei por anos
Não pode segurar ou sentir
Não, eu não sou mais o mesmo
Então por favor desculpe-me enquanto cuido de como me sinto

Mas agora os sonhos
E gritos ao despertar
Na última noite de todas
Então construa uma muralha
Rasteje atrás dela
E esconda-se até que haja luz
Então você pode ouvir seus bebês chorando agora?

Ainda queima a janela
O tempo passa tão lentamente
E alguém está suspirando
Guardiões da chama
Vocês sentem seu nome?
Podem ouvir seus bebês chorando?

Mas agora os sonhos
E gritos ao despertar
Na última noite de todas
Então construa uma muralha
Rasteje atrás dela
E esconda-se até que haja luz
Então você pode ouvir seus bebês chorando agora?

Mãe, eles tentam e me quebram
Mãe, eles tentam

- “Lendas de Heróis e Vilões”, Sarah Strahovski

Música: “Hero of the Day”
Álbum: "Load", Metallica (1996)
Compositores: James Hetfield, Kirk Hammett e Lars Ulrich 
Não detenho quaisquer direitos sobre a música.


Biblioteca: O Herói, o Dragão e a Assassina IV

O Herói, o Dragão e a Assassina
Parte 4

Zlav e Sarah passaram a viver juntos então, ele finalmente tinha uma nova companhia para suas jornadas, sempre em movimento, evitando ser envolvido na guerra que tomava conta do mundo. Foi então que os sacerdotes mais próximos a Namkaherz começaram a enviar dragões para acabar com a dupla. Ultrajados com a virada de Sarahdreazhallas, aquilo se tornou uma afronta à própria religião e eles sentiam a necessidade de corrigir tal erro para não cair em desgraça com sua divindade. Não demorou para que Smöke desertasse e se juntasse ao casal. Os três tiveram inúmeras batalhas contra dragões enquanto a guerra tomava conta do mundo.
Quando soube que a pequena cidade fortificada de Tallasys caiu com seu amigo David Draiman lá, o eladrin decidiu que daria um basta na perseguição. Depois de tantos anos fugindo ele voltou até Elleothas para lutar na mesma guerra onde iniciou sua carreira. Logo seu nome foi gritado pelos defensores e os seguidores do Dragão Supremo souberam de sua localização. Não demorou para que uma força fosse enviada para lidar com ele. Com a guerra sagrada tomando conta de todo o mundo, as defesas contra as legiões de mortos haviam perdido sua força e a infestação anterior à participação de Zlav nesta guerra havia voltado nos mais de sessenta anos que se passaram.
Preparando-se com itens, rituais e ajuda de diversos amigos que fez ao longo de suas viagens, o trio planejou uma verdadeira armadilha para os dragões e mortos-vivos. Ele levaria a batalha para os céus do Atoleiro dos Mortos, colocando-se em perigo sob efeito do miasma do local e enfrentando os dragões em seu campo de batalha preferido, mas tentando fazer com que ambos inimigos se enfraquecessem. Uma batalha épica aconteceu, fogo e magia iluminando a noite sangrenta. Aquela luta causou diversas baixas às tropas do Rei Alado e dizimou quase totalmente as hordas de mortos-vivos que assolavam as nações vizinhas, vingando a queda da pequena Tallasys. Iniciada na noite, a batalha só teve fim na noite seguinte, seu rastro de destruição imensurável.
O mais notável da luta é que A Tríade Dracônica, três dos dragões mais poderosos conhecidos, participaram dela. Do lado perdedor, é claro. Tyrdhazisgrahouk, uma dragão da nevasca, Rashadkhandagrak, um dragão do terremoto e Pyrodhiunnalashag, um dragão vulcânico, formavam a trindade, os três dragões generais dentre os dragões das calamidades. ZP Theart, um bardo conhecido mais por sua fanfarronice, se aproveitou da perplexidade das pessoas sobre a batalha para fazer seu nome.

Onde dragões reinam
ZP Theart

Lua cheia e o céu da meia noite
Através do escuro eles cavalgam
Os soldados da eternidade sacrificarão a razão

Um por todos e todos por um
A hora do futuro chegou
Rostos cheios de sofrimento
Seus corações batem como um tambor

Você nunca irá olhar para trás novamente
Você lutará até o fim
Juntos nós viveremos para além do eterno

Nesta terra temos nos defendido de toda escuridão e maldade
Agora estamos indefesos num campo onde dragões reinam
Nesta terra temos nos defendido de toda escuridão e maldade
Agora estamos indefesos num campo onde dragões reinam

O brilho do aço no sol do meio dia
A batalha começou
Sangue é derramado por todos ao redor, mas continuamos

Sem piedade, nós mostraremos a eles
Nenhum estandarte de paz será erguido
Nós lutaremos pela nossa liberdade
Voaremos para este lugar maligno

Nós suportaremos até o fim deste jogo

Nesta terra temos nos defendido de toda escuridão e maldade
Agora estamos indefesos num campo onde dragões reinam
Nesta terra temos nos defendido de toda escuridão e maldade
Agora estamos indefesos num campo onde dragões reinam

Anoitece no céu ocidental
A batalha está quase acabando
A vitória será gloriosa
Nossos inimigos se foram
Nós suportaremos até o fim deste jogo

Nesta terra temos nos defendido de toda escuridão e maldade
Agora estamos indefesos num campo onde dragões reinam

- “Lendas de Heróis e Vilões”, Sarah Strahovski

Música: “Where Dragons Rule”
Álbum: "Valley of The Damned", Dragonforce (2003)
Compositores: ZP Theart, Sam Totman e Steve Williams
Não detenho quaisquer direitos sobre a música.


Biblioteca: O Herói, o Dragão e a Assassina III

O Herói, o Dragão e a Assassina
Parte 3

A verdade é que Sarah estava amaldiçoada. Assim como Smöke. Sarah era um dragão, Sarahdreazhallas. Mas Sarah era um dragão de mercúrio. Uma espécie ardilosa e sorrateira que assume formas de raças inferiores para se aproximar de seus alvos e eliminá-los. A razão de sua maldição ainda é um mistério, mas ela fora condenada a ficar presa em sua forma de elfa até o final de sua vida. Ela havia ganho uma nova chance, poderia voltar a ser um dragão se eliminasse Zlav, a ameaça que seu senhor, o Dragão Supremo, não queria enfrentar no futuro.
Ela tomou sua tarefa esperançosa. Estava cansada de fazer o trabalho sujo. Apesar de ser do instinto de sua espécie assassinar, ela não conseguia mais ver aquilo como algo normal depois de tantos anos. Ela precisava deixar essa vida. As vezes pensava que talvez fosse melhor viver presa à forma de elfa, talvez encontrasse um lugar no mundo onde pudesse simplesmente viver sem ter que seguir ordens. Mas não é fácil escapar de uma divindade. Ele a perseguiria e faria ela cometer os mesmos atos de novo e de novo.
Então ela conheceu essa criatura incomum. Zlav, um eladrin de grande força. Seu senhor o havia marcado como uma ameaça potencial na guerra que travava e queria elimina-lo antes que se envolvesse nela. Seus sacerdotes haviam tirado Smökendanthallarak de seu lado para facilitar ainda mais o serviço. Mas ela foi pega de surpresa. Com uma determinação inabalável e princípios incautos ele a venceu em cada um dos duelos. E sempre cuidava dela depois.
Sarahdreazhallas conseguia entender que alguém fosse incapaz de matar uma pessoa inconsciente, como ele a deixava depois de cada duelo. Mas para se eximir de culpa, bastava deixar o corpo desfalecido à própria sorte. Dados os locais que o eladrin costumava frequentar, ela sabia que teria um fim rápido se ele a abandonasse. Mas não, ele não só não a abandonava como ainda cuidava de seus ferimentos até que ela se recuperasse. Sua ingenuidade a deixava com raiva. Então um dia sua postura mudou.
No começo, ele fizera aquilo tudo de maneira distante, como se cuida de um animal perdido que encontra na floresta. De repente ele não era mais distante. Ele se importava. Ele não só cuidava de seus ferimentos, ele conversava com ela, ele se interessava em saber de sua vida, de suas motivações. Sarah não sabia como agir. Aquilo a surpreendera totalmente, como alguém poderia demonstrar tamanha gentileza com aquela que queria tirar sua vida? Na batalha seguinte à mudança de postura, sua própria vontade estava abalada. Não via motivos para matar aquele guerreiro.
Depois de perder mais uma vez, a elfa com alma de dragão perguntou a Zlav a razão de sua generosidade. Envergonhado ele teria dado de ombros dizendo uma única palavra: “amor”. Estes detalhes vieram à luz pela boca de Smöke posteriormente, mas ele nunca aceitou dizer como o herói conseguiu conquistar o coração da assassina. Ninguém sabe como a informação veio a público. Dizem que a barda Lacey Sturm simplesmente conheceu o casal numa taverna e, depois de ouvir a história, compôs uma música em sua homenagem.

Perfeita
Lacey Sturm

Cansada de circular na mesma estrada
Cansada de carregar a culpa
Abro as janelas para o frescor
Mas o calor invade em seu lugar

Perfeita na fraqueza
Eu só estou perfeita se tiver sua força

Todos meus esforços para me limpar
Me deixaram podre e suja
Como você pode me olhar
Quando eu não posso me suportar?

Estou cansada, para ser honesta eu não sou ninguém

Perfeita na fraqueza
Eu só estou perfeita se tiver sua força
Perfeita na fraqueza
Eu só estou correndo pela sua força

Eu tentei te matar, você tentou me salvar
Você me salva, você me salva
Você me salva, você me salva

Perfeita na fraqueza
Eu só sou perfeita apenas na sua força
Perfeita na fraqueza
Eu só estou correndo pela sua força

- “Lendas de Heróis e Vilões”, Sarah Strahovski

Música: “Perfect”
Álbum: "Flyleaf", Flyleaf (2005)
Compositores: Sameer Bhattacharya, James Culpepper, Jared Hartmann, Kirk P. Seals, Lacey Sturm e Mark T. Lewis
Não detenho quaisquer direitos sobre a música.


Biblioteca: O Herói, o Dragão e a Assassina II

O Herói, o Dragão e a Assassina
Parte 2

Zlav e sua incrível força foram capazes de, por um tempo, reduzir o número de mortos-vivos que surgiam no Atoleiro dos Mortos e pouca gente sabe como isso foi possível. Ele conseguia eliminar as criaturas num ritmo mais rápido do que elas eram geradas e, contando com a ajuda dos conselheiros elleon foi possível reduzir o fluxo de espíritos atraídos para a corrupção. Então o jovem eladrin teve liberdade para se aventurar. Uma amizade incomum surgiu, em u ma de suas viagens o eladrin ficou muito próximo de um dragão de aço, Smöke (Smökendanthallarak).
Dragões de aço são fascinados pelos humanos e outros povos “inferiores”, vivendo com frequência disfarçados em seu meio. Smöke era mais um desses, indo de cidade em cidade e aprendendo os variados costumes humanos. Assim como seus semelhantes, ele vivia sob uma forma humana que dificilmente seria percebida como disfarce por quem quer que fosse. O amigo de Zlav era um jovem rapaz de cabelos acinzentados e olhos negros que vivia cheio de joias de aço.
Durante anos o eladrin viajava pelos reinos acompanhado de seu amigo dracônico. Quando tinha 31 anos, a guerra divina eclodiu. As pessoas procuravam seu apoio e Smöke era requisitado pelos sacerdotes de Namkaherz. O Dragão Supremo levou um de seus melhores soldados ao seu lado na guerra e em seguida enviou uma de suas melhores armas para acabar com um potencial inimigo: Zlav. Não se sabe o que levava os generais do Rei Alado e ter o eladrin como ameaça, mas isto bastou para que enviassem em seu encalço a assassina Sarah. Ela era uma belíssima elfa de cabelos castanhos longos e olhos verdes, tão linda quanto mortal.
Sarah nunca conseguiu matar o eladrin e ele, mesmo vencendo-a, sempre foi misericordioso, libertando-a. Em algumas ocasiões ele tentava dialogar, tentar descobrir porque ela o perseguia, sem sucesso. Os encontros dos dois foram ficando cada vez mais frequentes e, depois de derrota-la mais uma vez, ao observá-la descansando ao seu lado, Zlav se apaixonou. Ele não conseguia explicar, mas estava fascinado pela determinação da elfa, por carregar aquela tarefa mesmo sabendo que se colocava em risco. Através das lutas ele conseguiu perceber que ela não era necessariamente uma pessoa maligna, apenas estava cumprindo sua missão.
Com o tempo o eladrin começou a ansiar pelos ataques da assassina. Eles as vezes se colocava em situações de perigo ou abria a própria guarda esperando pela nova tentativa. E ela quase sempre vinha. Os dois lutaram tantas vezes que ele já se sentia íntimo dela, fazendo sempre seu melhor para nocauteá-la e vigiando seu sono forçado enquanto cuidava dos ferimentos que ele mesmo infringia.
Tal sentimento foi eternizado em uma música pelo renomado bardo Matthew James Bellamy, alguém que numa bela tarde de primavera viu o eladrin de vestes negras carregando em seus braços uma belíssima elfa de cabelos castanhos, desacordada. Ele que viu a admiração nos olhos azuis do herói e seu fascínio pela determinação da assassina.

Loucura
Matthew James Bellamy


Eu, eu não consigo tirar estas memórias
Da minha mente
E algum tipo de loucura
Começou a evoluir
E eu, eu tentei tanto deixar você ir
Mas algum tipo de loucura
Está me envolvendo por completo, sim

Eu finalmente vi a luz
E eu finalmente percebi
O que você significa

E agora eu preciso saber se isso é amor de verdade
Ou se é apenas loucura
Que nos mantém à tona
E quando me lembro de todas
As brigas loucas que tivemos
É como se algum tipo de loucura
Estivesse tomando o controle, sim

Agora, eu finalmente vi a luz
E eu finalmente percebi
Do que você precisa

Agora, eu finalmente vi o fim (finalmente vi o fim)
E eu não estou esperando que você se importe, não (esperando que você se importe)
Mas eu finalmente vi a luz (finalmente vi a luz)
Eu finalmente percebi (percebi)
Eu preciso do seu amor

Venha até mim
Mesmo que num sonho
Venha e me resgate
Sim, eu sei
Eu não posso estar errado
Talvez eu seja muito teimoso
Nosso amor é
Loucura

- “Lendas de Heróis e Vilões”, Sarah Strahovski

Música: “Madness”
Álbum: "The 2nd Law", Muse (2012)
Compositores: Matthew James Bellamy
Não detenho quaisquer direitos sobre a música.



quinta-feira, 10 de março de 2016

Biblioteca: O Herói, o Dragão e a Assassina I

O Herói, o Dragão e a Assassina
Parte 1

A maioria das pessoas já ouviu falar dessa história. Zlav é um herói lendário e conhecido por todos, sua história de amor também é algo comum na mente do povo e nos trabalhos de diversos bardos. A fama do jovem eladrin que virou um herói de guerra longe de casa, defendendo as nações ao redor do Atoleiro dos Mortos se espalhou rapidamente. Existem várias músicas retratando diversos momentos de sua saga e vou tentar reunir as mais famosas nestas páginas, um capítulo inteiro dedicado a um casal improvável que se ligou de maneira surpreendente e acabou de maneira trágica.
Zlav nasceu em 765 , em Kalaionas, e pouco se sabe sobre sua família. Rumores na época afirmavam que sua origem era mantida incógnita propositalmente. Ele era ligado a diversas pessoas poderosas da Ilha Branca, recebeu treinamentos dignos de reis e carregava consigo um duo de adagas conhecido como Blixtbärare. Individualmente, as adagas eram chamadas Snabb e Skarp. Aos dezessete anos ele foi alistado nos pelotões que os kalais enviavam em auxílio aos irmãos elleon para combater as legiões de criaturas pútridas que nasciam no pântano corrompido. Mortos-vivos já eram abundantes no Atoleiro dos Mortos e desde aquela época eles viviam atacando as cidades à sua volta, principalmente Suvarys, de Yorunn, e Tallasys, que ficava ao nordeste de Elleothas.
Apesar de ser muito jovem, os feitos do eladrin se espalhavam pelas defesas das cidades com enorme velocidade. Ele era um combatente sem igual e muitos que lutaram ao seu lado deviam suas vidas a ele. Alguns diziam que ele parecia ser totalmente indestrutível, pois as hordas de mortos-vivos nunca conseguiam subjugá-lo em combate. Muitas histórias de feitos se tornaram conhecidas, narradas por seus companheiros de batalha nas tavernas da cidade do fogo branco.
Algumas dessas histórias falam do eladrin segurando sozinho dezenas de mortos-vivos enquanto seus aliados feridos eram resgatados. Outras falam de avanços do herói no meio da horda inimiga apenas para atrair a atenção deles e dar a oportunidade aos seus companheiros de pegá-los de surpresa. O jovem jamais abandonava seus companheiros e foram poucos os que morreram lutando ao seu lado. Sua ascensão nos postos das forças de defesa foi meteórica e em menos de um ano ele já era um dos grandes comandantes dos pelotões.
Por pior que a situação estivesse, Zlav sempre assumia os maiores riscos e voltava vivo. Muitas vezes ferido e quase incapacitado, mas sempre se recuperava e voltava à luta. Assim nasceu a primeira música em sua homenagem, escrita pelo bardo David Draiman, que estava nas linhas de defesa em busca de histórias para suas músicas naquele início de carreira. Ele encontrou o soldado perfeito.

Indestrutível
David Draiman

Outra missão
Os poderes me chamaram para longe outra vez
Para carregar as cores de novo
Minha motivação,
Uma jura que prometi defender
Para ganhar a honra de voltar para casa de novo
Nenhuma explicação vai importar depois de começarmos
Mais um destruidor das trevas bem no fundo

Minha verdadeira vocação
E saiba, meu amigo desventurado
Você vai descobrir
Uma guerra que você não pode vencer

Eu vou te fazer saber
Que eu me tornei indestrutível
Determinação que é incorruptível
Do outro lado um terror de se ver
Aniquilação será inevitável
Todo inimigo quebrado vai saber
Que o seu oponente tinha que ser invencível
Dê uma última olhada em volta enquanto está vivo
Eu sou um indestrutível mestre da guerra

Uma outra razão, uma outra causa para eu lutar
Uma outra tocha descoberta agora para eu acender
Minha dedicação para tudo que eu jurei proteger
Eu obedeço minhas ordens sem nenhum arrependimento
Uma declaração enterrada profundamente em minha pele
Um lembrete permanente de como nós começamos
Nenhuma hesitação quando estou comandando o ataque
Você precisa saber que você está na batalha da sua vida

Lhe será mostrado
Como me tornei indestrutível
Determinação que é incorruptível
Do outro lado um terror de se ver
Aniquilação será inevitável
Todo inimigo quebrado vai saber
Que o seu oponente tinha que ser invencível
Dê uma última olhada em volta enquanto está vivo
Eu sou um indestrutível mestre da guerra

Eu sou indestrutível
Determinação que é incorruptível
Do outro lado um terror de se ver
Aniquilação será inevitável
Todo inimigo quebrado vai saber
Que o seu oponente tinha que ser invencível
Dê uma última olhada em volta enquanto está vivo
Eu sou indestrutível

Indestrutível
Determinação que é incorruptível
Do outro lado um terror de se ver
Aniquilação será inevitável
Todo inimigo quebrado vai saber
Que o seu oponente tinha que ser invencível
Dê uma última olhada em volta enquanto está vivo

Eu sou um indestrutível mestre da guerra

- “Lendas de Heróis e Vilões”, Sarah Strahovski

Música: “Indestructible”
Álbum: "Indestructible", Disturbed (2008)
Compositores: David Draiman, Dan Donegan e Michael Wengren
Não detenho quaisquer direitos sobre a música.